Jovens da APJN no Carro de Som do Mov. Negro
A APJN, preocupada com a relação ainda inexistente entre os movimentos LGBTs e negro, no ano de 2006 fez 2 importantes ações que transformaram estas relações em uma grande parceria entre estes segmentos no Brasil:
1) A realização, em parceria com o CORSA e a Minas de Cor, do 1º Seminário Regional de Juventude Negra e LGBT no Brasil, ocorrida em São Paulo, no hotel San Raphael, onde mobilizamos mais de 150 jovens do Brasil (em especial da região sul e sudeste) para discutir as relações de racismo e homofobia dentro dos movimentos, bem como tirar uma agenda política que comprometesse ações conjuntas entre estes segmentos para as próximas e futuras ações. Para tanto, contamos com a importante participação de intelectuais e ativistas de ambos os movimentos, comprometidos em realizar este avanço.
2) frente a este importante e inédito trabalho, participamos ativamente da construção da Parada Gay no ano de 2007, sugerindo o tema (que foi o aprovado) "Por um mundo sem machismo, sem racismo e sem homofobia", edição que mobilizou mais de 3 milhões de pessoas somente na cidade de São Paulo (ato ocorrido na Avenida Paulista). Para tanto, coordenamos o carro de som do Mov Negro dentro da Parada Gay e ganhamos o Premio do Orgulho Gay por nossa atuação (foi a primeira vez que um grupo do mov. negro ede jovens ganhou este premio).
Após todas estas atividades, ainda acreditamos que avanços maiores precisam ser feitos e continuamos firmes nesse pensamento. Sabemos que avanços só existem se unificamos algumas pautas e temos a leitura de que jovens negros LGBTs precisam ser respeitados e reconhecidos dentro dos dois espaços (mov. negro e mov. LBGT) na luta de uma vida mais justa e iqualitária dentro de nossas sociedades com padroes universais heteros e eurocentristas.
Atualmente, somos o unico grupo de jovens negros que, desde 2006, fez contribuições nessa perspectiva para a OEA e levou a frente, na 1º audiencia sobre direitos deste segmento na OEA (ocorrida em Washington em novembro/2008) a relevancia de jovens negros LGBTs estarem cada vez mais nesses espaços e terem seus direitos e dignidade assegurados pelos Estados/Paises.
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