O Diálogo e Mobilização das Negras Jovens Feministas começou no momento importante de intercâmbio interação entre elas, que foi a participação e debate político sobre os rumos do feminismo e a democracia feminista, no 10º Encontro Feminista Latino-Americano AfroCaribenho realizado no Brasil, em 2005. No 10º EFLAC, as mulheres jovens protagonizaram diversas ações, entre elas está, os painéis de juventude e o I Fórum de Jovens Feministas, por terem garantido uma representante na Comissão Organizadora do evento., as jovens negras, no se identificaram no Encontro e se apropriaram dos acontecimentos políticos, tanto que se organizaram coletivamente para discutir seus principais pontos para o documento final que seria lido pelas jovens na plenária final. A atividade referência para este encontro foi à oficina, Diálogo entre Movimentos Feministas e Movimento Negro, que resultou posteriormente na criação do grupo Negras Jovens Feministas. As jovens saíram deste espaço com desejo de organizar-se melhor para compartilharem de suas histórias relacionadas ao Feminismo Negro e do que é ser uma Jovem Negra Feminista na Sociedade Brasileira, no contexto atual. Outro ponto forte foi a mobilização entre os Estados que propiciou, a preparação e qualificação permitindo atuar na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres onde foram realizadas algumas ações importantes, como a Semana da Mulher Jovem que resultou no documento de São Paulo, com alguns pontos e proposições das jovens feministas; a reunião de jovens delegadas coordenada pela FES e também, participaram da reunião organizada pelo movimento de mulheres negras com o apoio da UNIFEM. Na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, as Mulheres Jovens Negras, Indígenas, Quilombolas e Lésbicas chegaram bem preparadas, afim de contribuírem na construção de documentos com alto nível de importância. As negras jovens produziram o Fanzine, com o título "Feminismo não combina com racismo", material que apresentavam as principais reivindicações das negras jovens feministas, e denuncia a o racismo no interior do próprio feminismo. Como ocoorreram conferÊncias, em diversos municípios e Estados. Essa mobilização entre os movimentos de Jovens Feministas e de Mulheres Militantes resultou na conquista do eixo de Enfrentamento do Racismo, Sexismo e Lesbofobia e Enfrentamento às Desigualdades que atingem as Mulheres Jovens e Idosas em suas especificidades e diversidades (eixos 10 e 11) alterando o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Durante a plenária final da II Conferência de Políticas para as Mulheres a Ministra Nilcea Freire assumiu publicamente alguns compromissos com as mulheres jovens, dentre eles destacamos: Garantir as representações de mulheres jovens na comissão de relatoria da II Conferência de Políticas para as Mulheres e no Conselho Nacional de Mulheres e o apoio da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM) para o encontro de jovens delegadas da Conferência Nacional de Juventude. Além da vaga de mulheres jovens no Conselho Nacional de Mulheres. O I Encontro Nacional de Jovens Feministas, no Ceará , em março de 2008, jovens mulheres feministas: negras, lésbicas, sindicalistas, rurais, candomblecistas, universitárias, se reuniram para discutir e tentar consolidar uma articulação de jovens mulheres que abarcasse as diversas bandeiras políticas que corroboram da perspectiva emancipatória da condição de ser mulher, visibilizando as especificidades que devem ser respeitadas nos Movimentos Feministas. Sendo assim, formou-se a Articulação Nacional de Jovens Feministas. Durante os dias correntes aonde as discussões iam se apresentando, as negras jovens presentes, percebiam que o feminismo negro ao qual tinham pertencimento político poderia se apresentar na articulação, mas a concepção política, histórica e filosófica desse feminismo não vertebraria aquele espaço. Mais uma vez, as demandas, expectativas e anseios das jovens negras seriam destacadas apenas como uma pauta específica. Nessa ocasião, há o lançamento de uma Carta Aberta feita pelas negras jovens presentes, onde logo no 1º parágrafo do documento, cumprimentam os 20 anos de resistência do Movimento de Mulheres Negras contemporâneo. A partir daí, reuniões extras para tratar das questões que afligem essa categoria se estabelecem, ficando visível que a dificuldade em unificar as demandas e apresentá-las dentro do espaço daquela Articulação mista como uma força política com estratégias alinhadas, apresentava- se no contexto geral como uma fragilidade que prejudicava a pretensão daquela coletividade presente. Assim, as negras jovens de todas as regiões representadas tiram como prioridade para o futuro do feminismo negro, o imperativo de construir esse espaço político, que se inicia com o fortalecimento de uma lista de discussão no Ceará e perpassa pela responsabilidade de cada uma ali presente voltar ao seu estado de origem e disseminar a idéia da rede para desembocar no 1º Encontro está reunindo jovens negras de todo o país acolhendo as demandas e interagindo com de cada região.
[Em Breve mais informações. Aguardem!]
Muito A X É !!
Gabriela Veloso