quarta-feira, 22 de abril de 2009

Casa das Caldeiras se prepara para celebrar os "121 Anos da Abolição da Escravatura"


A Casa das Caldeiras se prepara para celebrar os 121 Anos da Abolição da Escravatura, que tem a proposta colaborativa, a Pílula de Cultura Feira Preta realiza uma edição dedicada a Abolição da Escravatura. A miscelânea de diferentes vertentes artísticas proporciona o intercâmbio e a reflexão sobre a cultura negra hoje, passado os 121 anos de libertação dos escravos. O evento está programado para o dia 03 de Maio, a partir das 16h às 21h. Em 2009, a abolição da escravatura no Brasil completa 121 anos. O Brasil foi o último país nas Américas a extinguir a escravidão. Promovida pela Pretamultimidia em parceria com a Casa das Caldeiras e o projeto Trusty, a edição do evento reafirma a reflexão sobre "Qual É O Espaço da Cultura Negra Hoje", trazendo intervenções culturais contemporâneas afro-brasileiras.Será montada uma programação especial, para refletirmos sobre a abolição. A programação abrigará intervenções de literatura, exibição do curta “Dê sua idéia, Debata”. Em Novembro de 2007 algumas pessoas que militam no movimento negro, foram convidadas á darem suas idéias de bata sobre Afrocentrismo, Diáspora Africana, Classificação Racial e outros temas atrelados sobre debate de relações raciais. As integrantes da Odun Formações & Produção colheram os depoimentos, vestiram suas batas e durante o ano de 2008 trabalharam da finalização do documentário.O público será convidado a interagir com a roda e performances improvisadas juntamente com o bate papo, tendo como tema 121 Anos do que? Exposição de fotos e artes plásticas, oficinas de tecidos africanos com Jaergenton, e tambores com o percussionista Zé Benedito.E para finalizar o domingão cultural, o coletivo multimídia Trusty apresenta o projeto “Ha Ha Ragga”, com o intuito de implantar uma nova cara as festas de Reggae Music que acontecem no momento, aqui e também no mundo inteiro. Dancehall é um estilo inovador, popular na Jamaica que nasceu no fim dos anos 70. O estilo moderno do dancehall é híbrido e caracteriza um DJ ou um “MC-jay” que canta e produz as próprias batidas com colagens de reggae ou com recursos musicais originais.E para essa edição do dia 03 de Maio , em combinação perfeita na Casa das Caldeiras, os projetos residentes Pílulas de Cultura e Trusty, promovem o primeiro Festival de Dancehall do Brasil, com o melhor do Ragga ao vivo com a Banda Q.G Imperial com participação de Arcanjo Ras - Pump Killa - Jimmy Luv - Sambatuh & Lei Di Daí. E ainda, Poetiza, Flai Thunda, Lyson Fire, Raggademente (Brasilia), Victor Binghi I (Rio de Janeiro), Alien Man. Acompanhados pelos Selectas: Lord C. Lecter, Chars inDUBtavel e M.ATTA.O Projeto Pílulas de Cultura Feira Preta, faz parte do projeto "Feira Cultural Preta", cuja proposta é possibilitar o público a descobrir a riqueza cultural que o povo africano deixou de herança para o Brasil através das mais diversas manifestações artísticas culturais. A Feira Preta hoje é um movimento cultural que promove a cultura popular negra brasileira, de forma contemporânea e procurando respeitar a tradição.Realização: Pretamultimidia , Trusty, Parceria: Casa das Caldeiras, e Apoio: Proac - Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo e Governo de São Paulo.Convide os amigos, traga a família, venha cantar e dançar com a gente, e sinta-se em casa.
Para mais informações:
Dia 03 de Maio (Domingo)Horário: Das 16 às 21hs.
Entrada: Livre e Gratuita na Casa das Caldeiras Avenida: Francisco Matarazzo, 2000 –
Barra Funda Valet Park na Entrada Tel: Pretainfo (11) 3031-2374
E-mail: feirapreta@uol.com.br

terça-feira, 21 de abril de 2009

Avaliação de Durban/ Conheça os Três Parlementares que integram a Delegação Brasileira em Genebra

Por: Gabriela Veloso
A delegação brasileira que participa da conferência da revisão de Durban, em Genebra está sendo composta por três parlamentares, entre ele estão: a deputada Janete Pietá (PT/ SP) da Comissão de Defesas Exteriores e Defesa Nacional, deputado Ricardo Quirino (PR/ DF), da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e o deputado Luis Alberto (PT/ BA) da Frente Parlamentar pela Igualdade Racial.
A Avaliação de Durban está sendo promovida pela ONU/ Organização das Nações Unidas, entre os dias 20 a 24 de abril, com o objetivo de buscar uma ampliação de metas estabelecidas há 8 anos, na Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em Durban, na África do Sul.
O processo foi revisão de duas audiência públicas no congresso nacional, sendo respectivamente, realizadas no dia 1º de abril no Senado e a outra no dia seguinte na Câmara, nas duas audiências, os representantes da sociedade civil defenderam a participação dos parlamentares na Conferência Internacional, que também irá retratar o posicionamento do Legislativo em Relação ao Combate ao Racismo, Promoção da Igualdade Racial e as Ações Afirmativas, junto com o Projeto de Lei que estabelece cotas nas Universidades e o Estatuto da Igualdade Racial elaborados e aprimorados a partir de Durban e estão na pauta de votações do parlamento brasileiro pela avaliação de Durban/ Genebra 2009.

Durban/ Documento principal pode ser aprovado nesta terça-feira (21/04/2009)

Genebra: 20/04/2009
Fonte: Avaliação de Durban
O comitê principal da Conferência de Revisão de Durban se reúne nesta terça-feira (21) na tentativa de validar os encaminhamentos dados até agora pelos países presentes e evitar que outras delegações se retirem do encontro, a exemplo da Alemanha e da República Tcheca.Esse esforço deve levar à aprovação imediata do documento final, sem complementações ou modificações. A solução preocupa representantes da sociedade civil brasileira, que apresentaram propostas ao texto desde o início do processo de revisão. Os ativistas presentes em Genebra se reuniram ainda pela manhã, na ONU, para traçar estratégias de ação.As recomendações da sociedade civil têm se concentrado na necessidade de uma defesa mais explícita das religiões de matrizes africanas e dos mecanismos de monitoramento das políticas públicas.“São esses mecanismos que vão permitir que todas as recomendações para o combate ao racismo e à discriminação sejam efetivamente aplicadas nos países”, explica Guacira César de Oliveira, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).Para Samoury Barbosa, do Conselho Nacional da Juventude (Conjuv), a sociedade civil terá que encontrar outra forma de expressar sua insatisfação, uma vez que o debate sobre o documento final parece fechado. “Teremos que deixar muito clara a nossa posição sobre isso, especialmente com relação à ausência de temas que são muito importantes para nós, como a situação da juventude negra”, destaca Samoury.A embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, chefe da missão política brasileira em Genebra, avalia como improvável a possibilidade de complementações a um texto debatido em meio a tantas tensões durante a conferência preparatória da semana passada. Para a diplomata, o Brasil já conseguiu significativos avanços na negociação, principalmente em relação à inclusão de uma defesa das ações afirmativas.De acordo com o relator da conferência, o brasileiro Iradj Roberto Eghrari, é fundamental que a reunião do comitê principal ocorra o quanto antes. “Os riscos de esvaziamento da conferência são cada vez maiores a cada dia”, aponta. “O papel do comitê em dar encaminhamento final ao documento de negociação, como definido pelo presidente da conferência, é de suma importância.”Mulheres negrasO ministro da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos, discursou (leia) na ONU nesta segunda-feira (20) e defendeu a criação de um indicador internacional de igualdade racial. Ele também aproveitou a tribuna da Sala das Assembléias para criticar os países que se negaram a participar da conferência.“Ausentar-se do processo negociador é render-se à tentação do não diálogo. É negar-se à mudança”, afirmou Edson Santos, que ainda fez um balanço das políticas públicas do governo na área da igualdade racial e defendeu o respeito à diversidade de gênero e orientação sexual. “Não há antagonismo entre as políticas públicas universais e as ações afirmativas. A missão dos governos é atender às necessidades de todos e tratar desigualmente os desiguais.” Para representantes da sociedade civil, o discurso do ministro marcou positivamente a posição do Brasil sobre questões como religiões de matriz africana, mas pecou pela falta de referência à situação das mulheres e à necessidade de aproximação com os países africanos.“A exclusão das mulheres me parece um exemplo flagrante de como são tratadas as assimetrias de gênero, injustificável numa conferência marcada pela hierarquização das desigualdades. Omitir as mulheres no discurso, em especial as mulheres negras, me parece uma reafirmação do que estamos vivendo nessa conferência”, aponta Nilza Iraci, do Geledés.“É preciso reafirmar ue trata-se de combater Todas as formas de discriminação, e que reconhecer a igualdade de gênero, e a liberdade por direitos sexuais também é um aprendizado de cidadania, sem os quais não há democracia, paz e desenvolvimento possíveis.”
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