sábado, 21 de março de 2009

XI Encontro Feminista Latino Americano e Afro Caribenho reúne mais de 500 Mulheres na Cidade do México

Postado em: 29/03/2009
Por: Gabriela Veloso

A Abertura do 11º Encontro Feminista Latino Americano e Afro Caribenho foi marcada com arte e a irreverência da cantora mexicana, feminista Astrid Hadad que ousou em fazer várias paródias em torno do machismo que permeia toda a América.
Trajando roupas típicas do país, Astrid também fez orações em que contestava-se o capitalismo e com muito bom humor, satirizou o fato de que muitos homens que vivenciam a impotência sexual culpam as mulheres e não reconhecem o seu problema como pessoal.
O segundo dia do encontro foi marcado com a mediação da jornalista Télia Negrão da Rede Feminista de Saúde/ Brasil, na Plenária, As realidades Latinoamericanas ante os
fundamentalismos de hoje, com a participação de oito feministas de países distintos da América Latina e Caribe, a plenária retratou que a democracia não existe para todas as nações e isso se dá em conseqüência do conservadorismo que afeta completamente o cotidiano de cada uma dessas mulheres e das normas sociais que não consegue suprir todas as deficiências do sistema opressor. Gina Vargas do Perú acredita que é necessário a união entre as mulheres para que com isso, os direitos sexuais e reprodutivos sejam assegurados.
Já Jenny de La Torre Cordoba da Espanha salientou a importância das mulheres fazerem valer seus direitos em toda a América e Caribe e que durante a crise econômica mundial possamos fortalecer algumas questões junto a Europa, pois existe muita mão
de obra de mulheres na manutenção do capital.
Gina citou também a interferência da espiritualidade no cotidiano feminista, segundo ela alguma religiões dificultam o processo de modernização e um outro olhar priritários para as mulheres por parte de seus governos, mas devemos respeitar a teologia, pois envolve fatores culturais da humanidade e para defender nosso discurso precisamos respeitar as crenças e saber dialogar com cuidado, para conseguir convencer as religiões a inserir os direitos das mulheres em seu contexto histórico e espiritual.
Feminismo é Política. Parece que para os governos, nós somos de Marte, porque sempre nos tratam com descaso, afirmou Ana Lucia Ramírez da Colômbia.
O Evento foi um verdadeiro sucesso e pode garantir a integração sóciocultural de todos os países convidados, como a definição para as novas ações e perspectivas de ampliação das construções dos movimentos feministas, dos países da américa latina e Caribe.
Dia 20 de março o encontro se encerrou com a Marcha de Mulheres rumo ao Palácio de Bellas Artes, onde as participantes reivindicaram suas propostas e representaram as organizações de seus países, entre elas estavam a Articulação Brasileira de Jovens Feministas, Articulação Brasileira de Juventudes Negras, Articulação Brasileira de Mulheres, Católicas pelo Direito de Decidir, Coordenadoria de Mulheres Afetadas pelo Conflito Armada/ Peru, Elige/ México, Banda Lesbian/ México Movimento Feminista da Nicarágua, Mizangas/ Uruguay, Rede Feminista de Saúde, entre outras Organizações Presentes............

Gabriela representando a APJN na Marcha de Mulheres no XI EFLAC/ México.

Nosso Axé a Todas as Companheiras que compartilharam essa rica experiência de acionar soluções para as problemáticas emergenciais relacionadas ligadas a genêro e raça nos países das Américas e ao Comitê Organizador do 11º Encontro Feminista Latino Americano e Afro Caribenho ....

Mulheres/ Articulação Política de Juventudes Negras